sábado, 23 de junho de 2012

Química

Nas reações adversas da vida
Nas interações entre nuvens, invisíveis...
Nas interconversões imprescindíveis
Estás presente dando guarida...
À quem de ti faz refugio

Se-Te dias por semana
Preciso de ti, aurum...
Dos doutos, durindana
Ag-Au para os fracos, adamantium...
Para os que de ti, não tem medo
Das criações e destruições, enredo
Simples do universo.

Sol


Gotículas d’água de chuva
Refratam a luz do teu brilho
Modificando a visão ao horizonte
Com um arco encantado, gigante.

Nas pétalas da flor que gira
Percebo que és incansável
Teu fulgor, além de magnifico
É fonte indispensável...
E primordial de calor, de luz... de vida!

No verde vívido das folhas
Nos tons diversos d’água acumulada
Em tudo desde planetinha
Vejo tua influencia, confirmada

Com todo este poder eminente
Pergunto: Quem o fez tão imponente?
Tal proeza transcende...
O entendimento de minha singela mente.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Você


Olho pra janela e eis que lá estão seus olhos
Olho pra parede e vejo seus lábios
Olho para o teto e seu corpo surge
Fecho os olhos e vejo... apenas você
Sua voz entoa em meus ouvidos
Tento diminui-la
E percebo que a muito
Não consigo

Calmamente deito,
Faço do lençol uma fortaleza
Tento esconder-me
Da saudade
Cruel e imbatível

Já é tarde, o sono esvaiu-se
O tempo já não passa
Algo está faltando
Preciso urgentemente
Tê-la aqui a meu lado.