sábado, 3 de novembro de 2012

Insônia


Ver a noite passar rasteira
Rastejando... aleijada
Impedida de seguir ligeira
Pela grande madrugada
Não é a melhor maneira
De passar a alvorada

Insônia é uma tortura
Que atormenta qualquer um
E contra essa não há bravura
Não existe homem algum
Que não queira fugir desta loucura
Dessa situação...  Pra muitos até comum


Nestes dias sem descanso
Até a cama confortável
Se assemelhar a uma prisão
E com a situação indesejável
Logo vem a irritação

Melhor mesmo é esquecer
O que está levando o sono embora
E então irás perceber...
Sem demora
Que na vida, também precisamos adormecer...

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O Tempo


Tempo bom ou tempo ruim?
Depende de quem ver
O tempo pode ao mesmo tempo
Ser bom pra mim e ruim pra você

O Tempo é a chave deste mundo
Mas pouca gente vê
Que quanto mais tempo se perde
Mais é difícil conseguir vencer

O tempo que é bem relativo
É remédio indispensável
Para curar aquela dor
Que era insuportável

O tempo sempre vai ser
O carrasco... nosso algoz
Pois mesmo o homem mais feroz
Um dia terá que se render
Já o tempo é o único que nunca irá morrer

O tempo é sem perceber
...A Solução
...O maldizer
E sua atuação...
Jamais conseguiremos entender

sábado, 13 de outubro de 2012

Escrever

Escrever é bem... tão simples
Pois derrama,
Sobre a folha
Toda a flama
Do autor...

Escrever é simplesmente... (re)VIVER
E fazer com que outros possam ver
O mesmo que olhos do autor
Foi capaz de observar... Seu ardor

Escrever é descrever emocionado
Muitos fatos que marcaram
E que certamente transformaram
Aquele que escreveu, às vezes, embaraçado

Escrever é garantir o legado
Às gerações que governarão o futuro
Dizendo aquilo que foi notado
Por quem viveu o presente inseguro

sábado, 21 de julho de 2012

Amizade

Pra mim é muito fácil lembrar,
Porém não sei como dizer
O quão lindo e necessário se faz
Ter consigo, aquela boa amizade
Pessoa que sempre fala a verdade
E sem temer a qualquer momento é capaz
De arriscar muita coisa e viver
Conosco todo tipo de cena, mas sem nunca quebrar
A emoção de dividir e encarar
Aquele momento singelo e obter
A melhor solução, pois é sempre sagaz
E nunca se nega, tem sempre lealdade,
Ignorando a individualidade
É muito audaz...
E toma a dor do amigo pra si sem ao menos saber
Aquilo que vai enfrentar
Por aquele que sempre foi o primeiro a comprar,
A briga que outro se envolveu, para poder manter
A integridade daquele que ele foi defender... Muito tenaz!
Às vezes tem até rivalidade
Mas esta não compõe a realidade
Pois é sempre incapaz
De arriscar as histórias e perder
Aquele que vai sempre lhe amparar...

Poesia

Poesia minha linda tu tornaste
A minha vida muito diferente
Fazendo despertar em mim tod’arte
Que sempre manifestas, bem influente


Querida caprichosa, estandarte
Daquele qu’em ti busca realmente
Refúgio, tradução... Oh baluarte
Dos doutos, e aos insanos e insolentes


Que apenas te olham sem conseguir
Sequer ver a verdade sempre dita
Nos versos, nas canções, que faz sentir


Os muitos sentimentos desta vida
Me resta apelar à grande Minerva
Que lhes protejam, dê sempre guarida.

Do Alto da Montanha

Lá do alto da montanha, observo
A vida se passando lentamente
E penso nesse tempo assim conservo
A minha opinião balbuciente


Aqui nestas alturas, como servo
Que seu senhor, sempre rapidamente
Atende, desprezando o menor fervo
E assim se sente bem, indiferente...


Do empenho dedicado, que protervo!
Admiro, que paisagem! Lindamente...
Encanta os olhos singelos, que acervo!


Apenas conservar, conveniente...
Tua fauna, teu planeta e o teu cervo
Correr pelos teus vales livremente...

Buscando

Às vezes, bem ligeiro, vou seguindo
Por varias direções, eu fico olhando
Atento, o tempo todo procurando
Teu rosto em cada canto vai sumindo

Saudade bate forte, eu vou caindo
Em puro desespero, angustiando
Pedaços da minha alma vão sumindo
E a vida inteirinha, dedicando


Esforço e atenção para tentar
Deixar de querer tê-la aqui comigo
O tempo inteirinho sem sustar


Espero, no futuro, renega-la
Assim como fizestes... Eu consigo
Apenas execra-la, não ama-la.

Ventania

O vento, nesta tarde, sopra forte
Mostrando imponência e abalando
O grande arvoredo antes firme
No meio dessa selva, provocando...


Diversas sensações, do horizonte...
Advém insegurança, tentando...
No ser desapiedado, o confronte...
Desejo de parar, e até matando...


A gana de crescer não se importando
Com aqueles que aqui antes habitavam,
Viviam com harmonia, sempre honrando


As plantas, os planeta, nossas vidas
Assim eram felizes, dispuseram
Recursos naturais, vejam que lidas...

Estória

Nasci no meio do mato
Na Terra tive o prazer de crescer
crescer e ser alguém ...
Ou ninguém, depende de quem ver.


Nasci no meio do mato
Na Mata me criei
Criaram-me no meio do mato
A mata foi quem me fez


Sem rumo vivi a vida,
Mas essa foi bem vivida


Nunca me tornei doutor
Nem professor
Nem nada...
Nunca aprendi a ler


Até fui pra escola!
Mas ajuntar letrinhas miúdas?
Hun! Não é pra mim
Não consegui
Então, apenas vivi.

REDE VELHA

Na rede balançando, eu passaria
À tarde inteirinha sem pensar:
Nas dores;
Nos problemas;
Neste mundo,
Que apenas nos estressa sem sessar


Na rede, aqui quietinho, fico olhando
Os pássaros que, felizes,
Regorjeiam sem parar
Trazendo muita paz, me fazendo relaxar.


Nesta rede já bem velha,
Sem maldades,
Percebo que estamos todos velhos
Antigos em sentimentos e atitudes


Enquanto ouço o ranger do balançar
Esqueço todo o resto, e posso pensar
Naquilo que realmente deveria importar,
Mas que devido à correria do dia a dia
Raramente me lembro de lembrar

Céu

O céu, bem azulzinho, resplandece
Fazendo refletirmos sobre tudo
A vida e a partida e adormecem
As dores e amarguras sobretudo


Ilustre palco, nuvens que enternecem
Nos olhos de quem vê, como veludo
Desenhos, bem feitinhos, que merecem
Às vezes nos protegem qual escudo


Lembrar muitas escolhas que fizemos
Será eternamente sua função
Oh céu, com devoção sempre olhemos


Titã sempre poético que desperta
Na mente que procura redenção
Impulso para paz que tu expressa

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Universo (Aos Sameiros)


As formas que outrora sem sentido
Aos poucos, com carinho, se transformam
Na mente dos que podem ver comigo
Inúmeras figuras que se formam

E mostram os diversos universos
Aos olhos que atentos observam
Entranhas do escuro céu disperso
Nas noites que sentido nos ponderam

O brilho das estrelas lá do céu
Nem sempre representam o que vemos
Às vezes são histórias, mausoléu

Passado sempre dito pela luz
Que vaga bem ligeira no infinito
Chegando, o Astrônomo lhe traduz.

Natureza


Oh mãe, que natureza linda há
Com toda essa flora, abundante
E fauna triunfante, tu desagua
Nos seres que humanos tu tornaste

A chuva que escorrendo apressada
Fazendo florescer rapidamente
A planta que tranquila esperava
A vida reverdece eminente

O sol surpreendente que fornece
A luz e o necessário calor, traz
Do chão o nutriente que emerge

Mistérios que declamas em canções
Raríssimas, d’enredos produzidos,
Por todos, os teus filhos, emoções.

Soberana


Teu brilho, reluzente, ilumina
Minh ’alma flamejante que vibrando
Desperta sentimentos e rapina
Meu cerne, minha vida transformando

Ensejos por senti-la aqui comigo
Transbordam por meu corpo suplicante,
Rainha sem maldades, não consigo
Deixar de deseja-la, cintilante

Autora, triunfante, escreveste
Nas mentes destruídas dos amantes
Palavras de conforto. Consolaste...

A todos que por de ti se apaixonaram
Dizendo com atitude de nobreza
És sonho, em que todos acreditam.

400 ANOS DE CULTURAS E AMORES





Sobre a ilha de upaon-Açu,
Com o som dos tambores
Muitas influências e sabores
Te erguer-te... Oh! Forte São Luís.

Nestes 400 anos
Os que de ti fizeram parte
Traduzem com tradições, ufanos,
O que de fato é arte.

Histórias de todos os tipos
Paixões de tons infindos
Proporcionas a teus filhos
Ilha de culturas e amores

Aquarela de cores,
Aqueles que veem teus arredores,
Despertam admiração,
Não se esquecem de ti, te dão aprovação.

sábado, 23 de junho de 2012

Química

Nas reações adversas da vida
Nas interações entre nuvens, invisíveis...
Nas interconversões imprescindíveis
Estás presente dando guarida...
À quem de ti faz refugio

Se-Te dias por semana
Preciso de ti, aurum...
Dos doutos, durindana
Ag-Au para os fracos, adamantium...
Para os que de ti, não tem medo
Das criações e destruições, enredo
Simples do universo.

Sol


Gotículas d’água de chuva
Refratam a luz do teu brilho
Modificando a visão ao horizonte
Com um arco encantado, gigante.

Nas pétalas da flor que gira
Percebo que és incansável
Teu fulgor, além de magnifico
É fonte indispensável...
E primordial de calor, de luz... de vida!

No verde vívido das folhas
Nos tons diversos d’água acumulada
Em tudo desde planetinha
Vejo tua influencia, confirmada

Com todo este poder eminente
Pergunto: Quem o fez tão imponente?
Tal proeza transcende...
O entendimento de minha singela mente.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Você


Olho pra janela e eis que lá estão seus olhos
Olho pra parede e vejo seus lábios
Olho para o teto e seu corpo surge
Fecho os olhos e vejo... apenas você
Sua voz entoa em meus ouvidos
Tento diminui-la
E percebo que a muito
Não consigo

Calmamente deito,
Faço do lençol uma fortaleza
Tento esconder-me
Da saudade
Cruel e imbatível

Já é tarde, o sono esvaiu-se
O tempo já não passa
Algo está faltando
Preciso urgentemente
Tê-la aqui a meu lado.